Jacaré gigante é retirado de lago com pá carregadeira no Tocantins
17 de abril de 2024Um novo vídeo que circula nas redes sociais mostra o início da captura de um jacaré-açu no lago do distrito de Luzimangues, em Porto Nacional, neste domingo (24). Nas imagens o animal resiste e luta contra a captura após ter a cabeça laçada com uma corda. Ele faz movimentos rolando de um lado para o outro na tentativa de escapar.
O animal com mais de quatro metros apareceu próximo de uma área de banho e foi capturado por funcionários de uma mineradora. O bicho era tão grande que foi preciso até uma pá carregadeira para içar e colocar o réptil na caçamba de um caminhão.
O jacaré-açu (Melanosuchus niger) é uma espécie de jacaré exclusiva da América do Sul. Também conhecido como jacaré-negro ou jacaré-preto, é um predador de topo de cadeia alimentar. Exemplares adultos de grandes dimensões podem predar qualquer animal de seu habitat, inclusive outros predadores de topo, como pumas, onças, jiboias e sucuris, se forem surpreendidos por esses répteis. Normalmente, se alimenta de pequenos animais, como tartarugas, peixes, capivaras e veados. É uma espécie que esteve à beira da extinção, devido ao valor comercial do seu couro de cor negra e da sua carne. Atualmente, encontra-se protegido e sua população encontra-se estável no Brasil. É a maior espécie de jacaré, podendo atingir até 4,5 metros de comprimento e mais de trezentos quilogramas. Porém já foram encontrados exemplares com mais de 5,5 metros de comprimento e possivelmente meia tonelada de peso.[2]
Etimologia
Melanosuchus niger possui este nome científico provindo do grego: “melanos” que significa “negro”, “souchus” que significa “crocodilo” e “niger” com significado “negro”. No Brasil, é popularmente conhecido como Jacaré-açu, nome derivado da língua Tupi que significa “maior jacaré”. Estes significados são devido ao seu grande tamanho e sua cor predominante.[3],[4]
Taxonomia e sistemática
O jacaré-açu (Melanosuchus niger, Spix, 1825) é um representante do grupo parafilético dos répteis que possuem um ancestral em comum com mamíferos e aves, além disso é umas das 23 espécies pertencentes à ordem Crocodylia, sendo classificado como um aligator da família Alligatoridae. A família se divide em três gêneros: Caiman, Melanosuchus e Paleosuchus, sendo o jacaré-açu representante do segundo.[5]
Distribuição geográfica
Esta espécie se encontra amplamente distribuída por diversos países da América do Sul além do Brasil: Colômbia, Equador, Bolívia, Guiana Francesa, Guiana e Peru. Porém, é no território brasileiro, na Bacia Amazônica, que sua maior parte da população habita, cerca de 70% de todos os indivíduos registrados. No Brasil, sua distribuição abrange todos os estados da região norte e dois estados da região centro-oeste, Goiás e Mato Grosso.[3][4] Porém, Vasquez (1991)[6] detalha que no Brasil a sua ocorrência está nas bacias dos rios Juruá, Purus, Madeira, Tapajós, Xingu, Araguaia, Tocantins, Negro, Mapuera, Pará e Amazonas, englobando algumas ilhas próximas à foz do rio Amazonas. A área de ocorrência da espécie, contabilizada pela extensão das bacias hidrográficas, chega a, aproximadamente, 4.265.277,2 Km2 e sua área de ocupação maior que 20.000 km2
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Provalmente é o retorno dos grandes répteis da era cetáceos… Impressionante como a natureza recria a sua obra.. Esses animais não param de crescer..
Égua do monstro e um baita jacaré Açu
Lindo ❤❤❤
Bom dia prof.Henrique!
Porque o jacaré precisou ser capturado?
O lago estava em desequilíbrio?