QUIABADA DA ALEXANDRINA
20 de julho de 2022A origem do quiabo
O quiabo é da mesma família botânica do algodão e do hibisco, como bem mostram as suas flores vistosas.
O quiabo já era plantado, nas várzeas do Nilo, pelos egípcios 12 séculos antes de Cristo. Existem relatos de sua introdução no Brasil, com o comércio de escravos em 1658 e no Suriname em 1686. Existem relatos do seu plantio nos estados americanos da Filadelfia em 1748 e na Virginia em 1781.
O quiabo é conhecidos em alguns países de língua inglêsa como ‘lady´s finger’ (dedo de moça) e nos Estados Unidos como ‘ochra’ – uma variação do seu nome original ‘okwuru’ da África Ocidental. A denominação em português ‘quiabo’ e em espanhol ‘quimbombó e guigambó’ e ‘gumbo’ utilizada em uma parte dos Estados Unidos deve vir da língua africana Bantu ‘kingombo’. É também comum que ele seja denominado na Inglaterra como ‘bhindi,rbhendi ou bendai’.
O quiabo é um alimento saudável por seu alto conteúdo de fibra, vitamina C, ácido fólico, antioxidantes e é boa fonte de cálcio e potássio. Uma xícara de quiabo cozido (em torno de 100 gramas) contém 20% das necessidades diárias de vitamina B e de ácido fólico de um adulto.
As suas sementes são fonte de óleo comestível, de sabor e odor agradáveis, ricas em gorduras insaturadas. As sementes maduras e secas de quiabo, depois de torradas e moídas, foram e podem ser usadas como substitutas de café, sem cafeína. No mercado americano é possível encontrar ‘dried ochra chips’ – chips de quiabo, muito valorizados. Existem muitas receitas de sua preparação, disponíveis na Internet. As folhas do quiabo são consumidas, em alguns lugares como as de beterraba.
O fruto imaturo do quiabeiro é utilizado em muitos pratos tradicionais como ‘frango com quiabo’ no Brasil, ‘gumbo’ no sul dos Estados Unidos, ‘dishcah chua’ no Vietnam, ‘garri’ na Nigéria, ‘’callaloo’ no Caribe. O caruru é comida tradicional da Festa de São Cosme e Damião muito celebrada no Nordeste e o quiabo é o seu principal ingrediente como mostra a receita.