ALEXANDRINA APRENDE A FAZER BALA DE RAPADURA (ALFENES)

20 de julho de 2022 0 Por Canal do Youtube (Parceiro)



INGREDIENTES

Rapadura
Limão
Água
Manteiga para untar

MODO DE PREPARO

Derreter a rapadura com água e limão até dar o ponto, como ensinado no video.
Estender em uma mesa de pedra untada com manteiga e ficar virando com uma faca até ficar na temperatura que a mão suporte e esticar a massa. Quando estiver quase dura, cortar em pedacinhos e embalar em papel manteiga.

Bom Proveito!

SAIBA MAIS SOBRE O ALFENIM

A palavra Alfenim, vem do Árabe “al-fenid”, e significa aquilo que é branco – alvo. Segundo Cascudo (1983), o Alfenim era uma das gulodices orientais, muito popular em Portugal entre os séculos XV e XVI. O alfenim é um doce que chama atenção não só por seu sabor, como também de como ele é feitos em formas de esculturas. Eles são manipulados e transformados em animais, flores e objetos.

Encontrado antigamente em feiras livres, casas comerciais especializadas e durante celebrações religiosas e festas populares, hoje o Alfenim é um produto em risco de desaparecimento. Um dos principais motivos é a preparação trabalhosa do doce, que exige experiência para conhecer o ponto exato da calda, delicadeza e precisão para modelar com velocidade a massa quente que machuca as mãos. As poucas pessoas que ainda conservam esta tradição são predominantemente idosas e as novas gerações desconhecem completamente o produto ou possuem lembrança vaga. Todavia, o doce faz parte da cultura gastronômica do Nordeste e do Brasil e preservá-lo significa garantir a continuidade de um saber popular que liga diversos povos e tradições ao longo da história. Também significa restituir dignidade à produtos regionais artesanais ligados à memória de comunidades e territórios.

O doce é feito da mistura de açúcar, água e vinagre ou limão. O melado permanece no fogo para “apurar” e chegar ao “ponto de bala”, e então é despejado em uma superfície de pedra ou madeira onde esfria naturalmente ou com a ajuda de gelo e água fria. A massa é manuseada e trabalhada com movimentos precisos e cadenciados, inicialmente com a ajuda de uma espátula e depois com as mãos, esticando e reincorporando o volume estendido à massa, até adquirir a textura, consistência e coloração desejada (com a manipulação, a massa adquire gradualmente coloração esbranquiçada, efeito bastante curioso e interessante de se observar). A partir daí, é cortada em pequenos pedaços, modelados manualmente com formatos que seguem à inspiração do doceiro ou repetem formas tradicionais. É necessário trabalhar com bastante agilidade para não “perder o ponto” da massa. É comum utilizar goma seca (polvilho) nas mãos para facilitar a modelagem e proteger levemente contra o calor da massa. Em seguida, os doces delicados são dispostos em tabuleiros forrados, onde permanecem até terminarem de secar.