Cobra coral Bocejando? Micrurus ibiboboca | Biólogo Henrique o Biólogo das Cobras
17 de abril de 2024Video de Juraci Marcos Suassuna – Micrurus ibiboboca resgate e soltura
Data: 10/03/2022 Localidade: Município de Areia PB
“Olha o belo registro de hoje.”
“Pessoal, olha o registro que consegui fazer após a soltura da coral (Micrurus iboboca). Ela encontrou um pouco de água em uma folha e bebeu. Incrível. Areia – PB.” ( Juraci Marcos Suassuna)”
Vídeo autorizado exclusivamente para o Biólogo Henrique
Micrurus ibiboboca é uma de espécie de cobra-coral, um elapídeo do gênero Micrurus. É uma coral tricolor de grande porte, nativa da Caatinga, normalmente medindo entre 75 e 85 cm, podendo chegar até 133 cm de comprimento. A fronte da cabeça é preta e branca, seguida por um anel preto e nuca de cor vermelha. Os anéis vermelhos são separados entre si por tríades de anéis pretos (entre 7 e 13 tríades) que são divididos entre si por dois anéis brancos.[1]
Micrurus ibiboboca é um complexo de espécies, todas endêmicas do Brasil, da região nordeste do país, com registros para os estados do Piauí, Alagoas, Bahia, Paraíba, Maranhão, Ceará, Pernambuco e Sergipe.
Ameaça e Conservação
Não há informações de ameaças sofridas especificamente para essa espécie. Mas, acredita-se que populações que ocupam a Mata atlântica na região Nordeste, podem estar correndo o risco de extinção devido a fragmentação e perda de habitat, devido a expansão da pecuária, plantações de cana-de-açúcar, poluição e desenvolvimento das vias urbanas.
Toxidade
As Elapidae são portadoras de uma peçonha com alta atividade neurotóxica com capacidade letal.
Fazem parte dessa família as serpentes corais americanas (gênero Micrurus) com suas peçonhas contendo cerca de 90-95% de componentes proteicos, sendo na sua maior parte neurotoxinas com baixa massa molecular.
Cobra-coral é uma denominação comum a várias serpentes da família Elapidae, da tribo Calliophini,[1] que podem ser subdivididas em dois grupos: corais do Velho Mundo e corais do Novo Mundo. Existem 16 espécies de corais do Velho Mundo, pertencentes aos gêneros Calliophis, Hemibungarus e Sinomicrurus, e mais de 65 espécies de corais do Novo Mundo, incluídas nos gêneros Leptomicrurus, Micruroides, e Micrurus. Estudos genéticos indicam que as linhagens mais basais de corais se encontram na Ásia, indicando que elas se originaram no Velho Mundo.[2][3] No Brasil, podem ser conhecidas pelos nomes cobra-coral-venenosa, coral-venenosa, coral-verdadeira, ibiboboca, ibiboca e ibioca.
As cobras-corais não dão “bote” e apresentam hábitos fossoriais, vivendo em sua maior parte escondidas embaixo de troncos e folhagem. A dentição é do tipo proteróglifa, característica que certamente as diferem das falsas-corais, que apresentam dentição opistóglifa ou áglifa. Existe um antigo ditado para distinguir corais-verdadeiras de corais-falsas: Vermelho com amarelo perto, fique esperto. Vermelho com preto ligado, pode ficar sossegado. O ditado está incorreto, dado que não existe um padrão de coloração exclusivo das corais-verdadeiras e muitas falsas-corais conseguem mimetizar perfeitamente um coral. A única forma de diferenciar os dois tipos de cobras é pela dentição.
Apresentam uma peçonha de baixo peso molecular que se espalha pelo organismo da vítima de forma muito rápida. A coral necessita ficar “grudada” para inocular a peçonha pelas pequenas presas. A cobra-coral é tão peçonhenta quanto uma naja. A sua peçonha é neurotóxica, ou seja, atinge o sistema nervoso, causando dormência na área da picada, problemas respiratórios (sobretudo no diafragma) e caimento das pálpebras, podendo levar uma pessoa adulta ao óbito em poucas horas. O tratamento é feito com o soro antielapídico.
As corais são noturnas e vivem sob folhas, galhos, pedras, buracos ou dentro de troncos em decomposição. Para se defender, geralmente levantam a sua cauda, enganando o ameaçador com sua forte coloração. As atividades diurnas estão ligadas às buscas para reprodução e maior necessidade de aquecimento que as fêmeas grávidas apresentam. Após o acasalamento, a fêmea põe de 3 a 18 ovos, que em condições propícias abrem após 90 dias aproximadamente. Dada a capacidade de armazenar o esperma do macho, a fêmea pode realizar várias posturas antes de uma nova cópula.
Os acidentes ocorrem com pessoas que não tomam as devidas precauções ao transitar pelos locais que possuem serpentes. Ao se sentir acuada ou ser atacada, a cobra-coral rapidamente contra-ataca, por isso recomenda-se o uso de botas de borracha cano alto, calça comprida e luvas de couro, bem como evitar colocar a mão em buracos, fendas, etc. A pessoa acidentada deve ser levada imediatamente ao médico ou posto de saúde, procurando-se, se possível, capturar a cobra ainda viva. Deve-se evitar que a pessoa se locomova ou faça esforços, para que o veneno não se espalhe mais rápido no corpo. Deve-se também evitar técnicas como abrir a ferida para retirar o veneno, chupar o sangue, isolar a área atingida, fazer torniquetes, etc., sendo o soro a melhor opção.
So jealous to see your native herps! K
Belo animal parabens para o canal e para quem o soltou essa especie só te faz mal se voce pisar nele ou sem a minima experiência tentar manusea-lo
E porque ele não jogou um pouco de água nas folhas
Uma micrurus ibiboboca apareceu na casa da minha noiva e ficou grudada num cola rato .
Pra mim a ibiboboca é a mais linda de todas as micrurus.
Biologo Henrique , qual o seu contato? Aqui em um sítio aparecia várias espécies de serpentes todo santo dia
Bocejando igual a rãzinha do deserto( rain frog)