Cobra Jararaca Gigante Dentro de Botina | Biólogo Henrique o Biólogo das Cobras
17 de abril de 2024Localidade: Município de Tupaciguara MG
Bothrops é um gênero de serpentes da família Viperidae. Popularmente, as espécies são denominadas de jararacas, cotiaras e urutus. São serpentes peçonhentas, encontradas nas Américas Central e do Sul, sendo importantes causadoras de acidentes com animais peçonhentos no Brasil e nos outros países onde se distribuem, com altas taxas de morbidade e mortalidade.As diferentes espécies apresentam grande variabilidade, principalmente nos padrões de coloração e tamanho, ação da peçonha, dentre outras características. Atualmente, 47 espécies são reconhecidas, mas é consenso dentre os pesquisadores que a taxonomia e sistemática deste grupo está mal resolvida, de modo que novas espécies têm sido descritas, algumas sinonimizadas e entre outros.
Descrição
Essas serpentes apresentam grande variação em tamanho, as menores espécies não ultrapassando setenta centímetros e as maiores atingindo cerca de dois metros de comprimento.
O arranjo das escamas no topo da cabeça é extremamente variável; o número de escamas interorbitais pode variar de três a catorze. Usualmente, estão presentes entre sete e nove escamas supralabiais e entre nove e onze sublabiais. Existem entre 21-29 escamas dorsais, 139-240 ventrais e 30-86 subcaudais, que são, geralmente, divididas. Variações nos números de escamas dentro da mesma espécie são muito frequentes.
Distribuição geográfica
As espécies desse gênero são encontradas do nordeste do México à Argentina. Ocorrem nas ilhas de Santa Lúcia e Martinica nas Antilhas, assim como nas pequenas ilhas da Queimada Grande, Alcatrazes e Vitória, no litoral do estado de São Paulo, no Brasil.
Comportamento
A maioria das espécies é noturna, embora haja algumas diurnas nas altas altitudes. A maior parte das espécies é terrestre, mas não é incomum encontrar algumas espécies em arbustos e árvores pequenas, especialmente os indivíduos mais jovens. Uma espécie em particular, a Bothrops insularis, a jararaca-ilhoa da Ilha da Queimada Grande, parece ser frequentemente encontradas em árvores a maior parte do tempo.
Peçonha e epidemiologia
As espécies deste gênero são as maiores responsáveis por acidentes ofídicos nas Américas, assim como por mortalidade. Quanto a isto, as espécies mais importantes são B. asper (Peru, Colômbia e Venezuela), B. atrox (Amazônia Brasileira) e B. jararaca (centro-sul do Brasil). Sem tratamento, a taxa de mortalidade é estimada em sete por cento, mas, com uso de soro antiofídico e tratamentos de suporte, esta taxa é reduzida para entre 0,5 e três por cento. O veneno deste gênero apresenta forma ação proteolítica, tipicamente provocando necrose e inchaço que pode comprometer o membro atingido, tontura, náusea, vômitos entre outros sintomas. Em geral, a morte resulta da hipotensão provocada pela hipovolemia, falência renal e hemorragia intracraniana. Complicações frequentes incluem comprometimento do membro e falência renal. A partir de estudos do farmacologista brasileiro Sérgio Henrique Ferreira, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, com o veneno da Bothrops jararaca, foi desenvolvido o Captopril, um dos medicamentos mais utilizados para tratamento de hipertensão.
Nomenclatura e taxonomia
O gênero foi descrito por Johann Georg Wagler em 1834
Espécies reconhecidas:
Bothrops alcatraz Marques, 2002
Bothrops alternatus Duméril, Bibron & Duméril, 1854
Bothrops ammodytoides Leybold, 1873
Bothrops andianus Amaral, 1923
Bothrops asper (Garman, 1883)
Bothrops atrox (Linnaeus, 1758)
Bothrops ayerbei Folleco-Fernández, 2010
Bothrops barnetti Parker, 1938
Bothrops bilineata (Wied-Neuwied, 1825)
Bothrops brazili Amaral, 1923
Bothrops caribbaeus (Garman, 1887)
Bothrops chloromelas Boulenger, 1912
Bothrops colombiensis (Hallowell, 1845)
Bothrops cotiara (Gomes, 1913)
Bothrops diporus Cope, 1862
Bothrops erythromelas Amaral, 1923
Bothrops fonsecai (Hoge & Belluomini, 1959)
Bothrops insularis (Amaral, 1921)
Bothrops isabelae Sandner Montilla, 1979
Bothrops itapetiningae (Boulenger, 1907)
Bothrops jararaca (Wied-Neuwied, 1824)
Bothrops jararacussu Lacerda, 1884
Bothrops jonathani Harvey, 1994
Bothrops lanceolatus (Bonnaterre, 1790)
Bothrops leucurus Wagler, 1824
Bothrops lojanus Parker, 1930
Bothrops lutzi (Miranda-Ribeiro, 1915)
Bothrops marajoensis Hoge, 1966
Bothrops marmoratus Da Silva & Rodrigues, 2008
Bothrops mattogrossensis Amaral, 1925
Bothrops medusa Sternfeld, 1920
Bothrops moojeni Hoge, 1966
Bothrops muriciensis Ferrarezzi, 2001
Bothrops neuwiedi Wagler, 1824
Bothrops oligolepis Werner, 1901
Bothrops osbornei Freire-Lascano, 1991
Bothrops otavioi Barbo, Grazziotin, Sazima, Martins & Sawaya, 2012
Bothrops pauloensis Amaral, 1925
Bothrops pictus (Tschudi, 1845)
Bothrops pirajai Amaral, 1923
Bothrops pubescens Cope, 1870
Bothrops pulchra Peters, 1862
Bothrops punctatus (Garcia, 1896)
Bothrops rhombeatus Garcia, 1896
Bothrops sanctaecrucis Hoge, 1966
Bothrops taeniatus (Wagler, 1824)
Bothrops venezuelensis Sandner-Montilla, 1952
A chance de fica aleijado é grande dependendo da idade da pessoa , saúde e quantidade de veneno aplicada .
Aconteceu o mesmo em minha cidade natal, uma estava escondida debaixo da mesa da escola, acabou picando uma criança. Teve que sair as preças pra capital e fazer uma cirurgia. Graças a Deus ela não veio a falecer! Era grande a cobra viu!
Meu pai já achou uma no sapato e era cobra de duas cabeças
Eu encontrei uns trinta escorpião amarelo, só em monte de telha.
Susto, consciência ambiental e muita balbúrdiaaaa…tudo que a gente gosta! Valeu professor!
Que susto!