Cobra Jararacuçu contra Covid 19? | Bothrops jararacussu | Biólogo Henrique
17 de abril de 2024VENENO DE COBRA BRASILEIRA TEM MOLÉCULA QUE INIBE O
CORONAVÍRUS
Composto produzido pela Jararacuçu bloqueou a reprodução do SARS-CoV-2
em células
19/08/2021, por: Henrique Fontes, da Assessoria de Comunicação do
IQ/Unesp
Pesquisadores estudaram proteínas do veneno da cobra Jararacuçu. Foto:
Miguel Nema – Parque Estadual Serra do Mar
Cientistas do Instituto de Química (IQ) da Unesp, em Araraquara, identificaram
no veneno da cobra brasileira Jararacuçu* um peptídeo (pedaço de proteína)
capaz de conter a reprodução do novo coronavírus (SARS-CoV-2). A
descoberta ocorreu após testes realizados em laboratório, nos quais os
pesquisadores observaram que a molécula extraída do veneno do réptil inibiu
em 75% a capacidade do vírus se multiplicar em células de macaco. Os
resultados obtidos no trabalho geraram um artigo que foi publicado na última
semana na revista científica internacional Molecules.
O estudo preliminar apresenta um caminho promissor na busca por
medicamentos para tratar pacientes contaminados pela Covid-19. O grande
desafio para a criação de um novo fármaco é garantir que ele seja eficiente
contra determinada patologia e, ao mesmo tempo, não gere reações adversas
para quem for tomá-lo. Nos ensaios iniciais realizados durante a pesquisa, os
resultados foram animadores: “Nós encontramos um peptídeo que não é tóxico
para as células, mas que inibe a replicação do vírus. Com isso, se o composto
virar um remédio no futuro, o organismo ganharia tempo para agir e criar os
anticorpos necessários, já que o vírus estaria com sua velocidade de infecção
comprometida e não avançaria no organismo”, explica Eduardo Maffud Cilli,
professor do IQ e um dos autores do trabalho
Como o peptídeo atua? – Pequeno e fácil de ser obtido, o peptídeo encontrado
na Jararacuçu é uma molécula que interage e bloqueia a PLPro, uma das
enzimas do coronavírus responsáveis por sua multiplicação nas células. De
acordo com o docente do IQ, esse mecanismo de ação é interessante porque
todas as variantes do SARS-CoV-2 possuem a PLPro, então a tendência é de
que a molécula do réptil mantenha sua eficácia contra diferentes mutações do
vírus. Embora diversas vacinas tenham sido aprovadas recentemente, a
imunização completa da população mundial ainda levará tempo, o que, junto
com o surgimento de novas variantes, reforça a importância da procura por
tratamentos eficazes. Desde o começo da pandemia, mais de 200 milhões de
casos e quatro milhões de mortes já foram registrados em todo o mundo em
decorrência da Covid-19.
Resumidamente, o ensaio é feito da seguinte forma: células de macaco
A pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de
São Paulo (Fapesp), por meio do projeto Estudo da ação de peptídeos
sintéticos como antivirais contra o Sars-Cov-2 (Covid-19) e avaliação
combinada com anti-inflamatórios comerciais. Além do professor Cilli, fizeram
parte do estudo pelo IQ os cientistas Paulo Sanches, Natália Bitencourt e
Norival Santos Filho. O trabalho contou ainda com a participação de
pesquisadores do ICB, IFSC, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
*Segundo o Parque Estadual Serra do Mar, a Jararacuçu (Bothrops
jararacussu) é uma víbora venenosa da família dos viperídeos. Podendo
alcançar até dois metros de comprimento, o réptil possui coloração dorsal
variável entre cinza, rosa, amarelo, marrom ou preto, com manchas
triangulares marrom-escuras. Além do Brasil, a serpente também pode ser
encontrada na Bolívia, Paraguai e Argentina. A cobra é muito temida pela
quantidade de veneno que é capaz de injetar, sendo que a pessoa que sofrer
uma picada pode ter hemorragia, inchaço e destruição dos tecidos na região da
mordida.
Mais Informações
Assessoria de Comunicação do IQ/Unesp
E-mail: comunicacao.iq@unesp.br
Fonte: https://www.iq.unesp.br/#!/noticia/762/veneno-de-cobra-brasileira-temmolecula-que-inibe-o-coronavirus
cultivadas em laboratório recebem o peptídeo e, após uma hora, o vírus é
adicionado na cultura. Passados dois dias, os pesquisadores avaliam os
resultados e, por meio de alguns cálculos, descobrem o quanto o vírus deixou
de se reproduzir. Isso é possível porque os estudiosos já sabem previamente
qual seria a multiplicação do vírus em condições normais, ou seja, se ele
estivesse em contato apenas com as células. Em uma segunda etapa do
estudo, na qual os pesquisadores identificaram um dos mecanismos de ação
do peptídeo da cobra, o composto foi testado especificamente contra a enzima
PLPro, que foi obtida no Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP.
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já já vai ter contrabando da Jararacuçu
Então, em vez de tomar vacinas, vamos tomar picadas de jararaca. É bom pra covid e bom para baixar a pressão arterial. Kkkkk brincadeirinha.
Mas olha 😮
Biólogo Henrique me tira uma dúvida, essa serpente acabou de extrair sua peçonha, se ela picar uma pessoa em seguida ainda tem veneno nela pra matar uma pessoa ?
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