Cobra Jararacuçu morre engasgada com Gambá em São Paulo

17 de abril de 2024 8 Por Canal do Youtube (Parceiro)



Cobra Jararacuçu morre entalada com um Gambá
Fato aconteceu em uma praia de São Sebastião SP.
Enviado Por Renaldo Gomes exclusivamente para uso do Biólogo Henrique
Autor do registro: Rosivan Mariano

Bothrops jararacussu, conhecida como jararacuçu, jararacuçu-verdadeiro, surucucu, surucucu-dourada, surucucu-tapete, urutu-dourado, urutu-estrela e patrona[1], é uma víbora venenosa da família dos viperídeos. De até 2 m de comprimento e coloração dorsal variável entre cinza, rosa, amarelo, marrom ou preto, com manchas triangulares marrom-escuras. É encontrada na Bolívia, Brasil (Bahia e Mato Grosso até o Rio Grande do Sul), Paraguai e Argentina.

Bothrops é uma junção dos termos grego bothros, “buraco” e ops, “face” ou “olho”. É uma alusão à região sensível ao calor dessas cobras, que se localiza entre as narinas e os olhos. “Jararacuçu” vem do termo tupi para “jararaca grande”[2]. “Surucucu” vem do tupi suruku’ku[3]. “Urutu” vem do tupi uru’tu[4].

Na língua tupi, jararacuçu significa “serpente venenosa grande”[5] [2].

Características
A espécie tem dimorfismo sexual, sendo as fêmeas maiores que os machos e diferentes na coloração: ele é cinza e ela, amarelada. São muito temidas pela quantidade de veneno que podem injetar. Localizar uma jararacuçu no meio da floresta não é fácil porque ela possui uma camuflagem quase perfeita e, mesmo para olhos treinados, quase sempre passa despercebida.

As jararacuçus costumam tomar sol para se aquecerem durante o dia e preferem caçar à noite.

Os adultos alimentam-se de pequenos roedores e aves e os juvenis se alimentam de pequenos anfíbios, minhocas e até de alguns insetos.

A reprodução é ovovivípara, nascendo entre 16 e 20 filhotes no início da estação chuvosa.

Peçonha
A Jararacuçu possui uma peçonha potente, de ação citotóxica, hemotóxica e até mesmo miotóxica, foram examinadas 29 picadas de Jararacuçu em São Paulo, os principais e mais comuns sintomas relatados foram dor local, obscessos, inchaço, necrose, choque, incoagulabilidade sanguínea, hemorragia externa grave e insuficiência renal. Outros relatados incluiam insuficiência circulatória e respiratória, necrose tubular aguda(sendo a principal causa de insuficiência renal), edema cerebral, rabdomipolise hemorrágica local e Coagulação intravascular disseminada(CID).[6] Hemorragia intracerebral e falência renal já foram relatadas em um homem picado por uma Jararacuçu jovem, o que indica que os espécimes jovens também podem dar uma picada fatal.[7] A peçonha desta víbora apresenta uma dose letal mediana de 0.14 mg/kg (injeção intravenosa), 4.92 mg/kg (injeção subcutânea) e 2.73 mg/kg (injeção intraperitoneal), enquanto o rendimento médio por picada é de 1000 mg(1 grama).[8]