COMPANHIA DE REIS – OS REIS MAGOS A CAMINHO DE BELÉM

Há 67 anos que Sebastião Marcolino, hoje com 83 anos, “tira bandeira de casa”, sem ter falhado um só ano.
Começou a participar das folias de reis aos 7 anos de idade, tocando cavaquinho em Conceição do Rio Verde MG, acompanhando o pai, que era mestre. Quando o pai adoeceu e passou para Sebastião o comando da folia e “assumindo a embaixada” ele tinha apenas 15 anos.
Os integrantes da folia do seu Sebastião são quase todos octogenários, “as crianças até começam a participar das folias mas acabam saindo fora à medida que vão crescendo.”
Segundo seu Sebastião, sua folia é fiel às origens, o “sistema” que ele segue, as toadas e a disciplina, são as mesmas que aprendeu com o pai lá nas Minas Gerais. “Hoje o pessoal inventa muito, faz o que quer, na hora do tipe, mais parece um bando de grilos do que folia de reis…”
Sebastião Marcolino mora na Vila Corintinha e nesta época do ano sai de casa em casa, oferecendo a visita de sua folia, faça chuva ou faça sol.
Antigamente eles saíam somente do dia 25 de dezembro até 06 de janeiro do ano seguinte. Peregrinavam pela zona rural, pousando onde fosse oferecido pouso e comendo quando havia comida, só voltando às suas casas depois do dia 06. Hoje começam as visitas antes do 25 e terminam depois do 06 de janeiro… “Não dá mais pra tocar nos dias de semana, os foliões trabalham e os patrões não liberam mais o pessoal como antigamente…”

Este vídeo é parte integrante de pesquisa do Projeto Museu Vivo, do Museu do Folclore de São José dos Campos – https://www.facebook.com/museudofolclore sob gestão do Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP) http://www.cecpdesaojose.blogspot.com.br/ em parceria com a Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR) http://www.fccr.org.br/
As entrevistas, captação e edição de imagens foram realizadas pelo pesquisador Francisco José Lacaz Ruiz (Chico Abelha)