Onça parda rouba galinha

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A onça-parda (português brasileiro) ou puma (português europeu) (nome científico: Puma concolor), também conhecida no Brasil por suçuarana e leão-baio, é um mamífero carnívoro da família dos felídeos (Felidae) e gênero Puma, nativo da América. Foi originalmente classificada no gênero Felis, mas estudos genéticos demonstram que a espécie evoluiu em uma linhagem próxima à chita (Acinonyx jubatus) e ao gato-mourisco (Puma yagouaroundi). É o mamífero terrestre com a maior distribuição geográfica no ocidente, ocorrendo desde a Columbia Britânica, no Canadá, até o extremo sul do Chile, habitando desde florestas densas, até áreas desérticas, com clima tropical ou subártico, exceto a tundra. É capaz de sobreviver em áreas extremamente alteradas pelo homem, como pastagens e cultivos agrícolas.

É o maior membro da subfamília dos felíneos (Felinae), medindo até 155 centímetros de comprimento, sem a cauda, e pesando até 72 quilos, com porte semelhante ao do leopardo (Panthera pardus), sendo o segundo maior felídeo das Américas. Possui coloração variando do cinzento ao marrom-avermelhado, com a ponta da cauda de cor preta, áreas laterais do focinho e ventre de cor brancas. Os filhotes nascem com manchas escuras na pelagem, que geralmente persistem até 14 semanas de idade. Possui as mais longas patas traseiras dentre os felinos. Vivem em média, entre 7,5 e 9 anos de idade.

É um animal solitário e mais ativo à noite. Alimenta-se predominantemente de cervídeos, mas pode variar a dieta, sendo considerada um predador oportunista. A presença de outros carnívoros influencia diretamente a escolha das presas e ambientes de caça. As áreas de vida variam de 50 a 1000 quilômetros quadrados, com machos sendo territoriais e possuindo grandes áreas se sobrepondo ao de várias fêmeas. As fêmeas possuem vários estros no ano, possuem uma gestação que dura entre 90 e 96 dias e geralmente nascem entre 3 e 4 filhotes, a cada 2 anos, aproximadamente.

A onça-parda não é considerada em risco de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, mas já foi extinta em algumas localidades da América do Norte e Central e do Sul. As principais causas disso são a caça, seja por esporte ou retaliação por ataques ao gado, fragmentação e destruição do habitat, e em áreas muito populosas, atropelamentos. A dizimação dessas populações no leste dos Estados Unidos, na Flórida, é um bom exemplo dos efeitos deletérios do isolamento populacional. Apesar disso, existe uma tendência de recolonização do centro-leste norte-americano. Dado sua força e elegância, esse felino foi representado em inúmeras culturas americanas, mas nas sociedades ocidentais atuais, as relações muitas vezes são conflituosas, seja por ataques aos animais domésticos, seja por ataques aos seres humanos.

Nomes populares e etimologia
Com a sua vasta área de distribuição, a onça-parda tem vários nomes e referências na mitologia dos indígenas americanos e na cultura contemporânea. Suçuarana é um termo com origem no tupi syuasuarána,[4] através da junção de susua (“veado”) e rana (“semelhante”), numa referência à semelhança da cor de seu pelo com a do pelo dos veados.[5] Onça-parda também é uma referência à cor da pelagem, se contrapondo à outra onça, a onça-pintada. Os nomes onça-parda e suçuarana são mais difundidos nos estados do sudeste, sul e centro-oeste do Brasil, mas, na região nordeste, tais nomes também são citados. Nessa última região, onça-bodeira ou mossoroca são os nomes mais frequentemente usados. No Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, pode ser chamada de leão-baio, outra referência à cor da pelagem.[5] No Mato Grosso do Sul, também é conhecida por onça-vermelha.[6] Jaguaruna é um termo oriundo da língua tupi, significando onça escura.[5] Em Portugal, é mais conhecida como puma, termo oriundo do quíchua.[7]

Onça veio do termo grego lygx, através do latim luncea e do italiano lonza.[5] O nome científico, Puma concolor, é nome composto pelas palavras puma e concolor: esta última também é uma referência à cor do felino, significando “de cor uniforme”, já que a palavra se refere a algo com a mesma cor em sua totalidade.[8]

Taxonomia e evolução

Junto com o gato-mourisco (P. yagouaroundi), a onça-parda é classificada no gênero Puma, que é evolutivamente próximo à chita (Acinonyx jubatus)
Relações filogenéticas da onça-parda.[9]



Filogenia inferida a partir de estudos citogenéticos e moleculares
A onça-parda foi descrita por Lineu, em 1771, como Felis concolor.[1] Foi reconhecido como pertencente ao táxon Puma por William Jardine em 1834, até então, um subgênero de Felis. Somente em 1973, Puma foi proposto como um gênero separado. Estudos moleculares corroboram a hipótese de que a onça-parda pertence tal classificação, demonstrando que ela evoluiu em uma linhagem diferente daquela do gênero Felis e isso é seguido pelas mais recentes