PORQUE O OVO É CAIPIRA?

13 de setembro de 2022 20 Por Canal do Youtube (Parceiro)



O termo caipira (comum no estado de São Paulo e mais conhecido como Colonial no sul e de Capoeira no Nordeste) acompanhou a história da avicultura no Brasil, desde o descobrimento até os dias atuais, passando por diferentes contextualizações. Aliado a isso e diante das inúmeras variáveis que interferem na atividade, a diversidade de conceituações e definições é marcante.

Albuquerque et al. (1998) considera ao menos duas vertentes principais dentro dos sistemas caipiras, os que visam atender o mercado consumidor com frequência e prioridade, realizados nos sistemas semiextensivos, definidos como instalações onde as aves possuem acesso a área de pasto, mas com delimitação física do espaço, focados na utilização de linhagens comerciais e maior aporte de insumos externos.

Outra definição sobre os sistemas caipiras proposta por Albuquerque et al. (1998) relaciona o termo aos manejos e conhecimentos tradicionais, os quais preservam aves adaptadas ao clima tropical, com heterogeneidade genética, sendo prioridade o autoconsumo da família e a complementação da renda através da venda do excedente.

Para o autor, nestes sistemas, é comum vê-las sendo criadas soltas nos quintais, ciscando o tempo todo, na busca de insetos, minhocas e plantas, junto com uma porção de milho, seja em grão inteiro ou quirera durante o dia, além de sobras da produção de hortifrútis e restos de alimentos. Além de adaptarem-se bem ao clima quente são mais resistentes a algumas doenças.

Já no âmbito legal, segue-se a ABNT NBR 16437:2016, que define o sistema como: “sistema de produção de ovos comerciais oriundos de galinhas e/ou galinhas caipiras com acesso a área de pastejo e que não recebam aditivos zootécnicos melhoradores de desempenho e anticoccidianos profilaticamente”.

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