VITÓRIA-RÉGIA vira ESPAGUETE #PANC PANCS
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A folclórica vitória-régia é uma planta que parece saída de um conto de fadas: grandiosa, cheia de mistérios e beleza. Suas grandes folhas flutuam na água e possuem superfícies que suportam até 50 quilos. Suas flores só abrem à noite – num dia, elas são femininas e, no outro, masculinas. E sabia que é possível comer o caule cheio de espinhos da planta? É muita descoberta neste último episódio do “Matos Gourmet”, a série sobre PANCs apresentada pela jardineira Carol Costa, juntamente com o mestre taxonomista Harri Lorenzi e o chef Henrique Nunes, diretamente do Jardim Botânico Plantarum, em Nova Odessa (SP).
Típica da região amazônica, a vitória-régia (Victoria amazonica) é uma planta aquática, da família das Nymphaeaceae, conhecida pelas enormes folhas circulares que podem chegar a 2 metros de diâmetro. Embaixo d’água, o espetáculo não é menos grandioso: para suportar o peso, as folhas possuem segmentos que reforçam sua estrutura, numa linda solução da engenharia natural. Ligando as folhas até o rizoma, enormes caules (pecíolos) que chegam facilmente aos 5 metros de extensão e são revestidos de espinhos.
De posse de alguns segmentos da vitória-régia, Carol vai ao encontro do chef Henrique Nunes, no restaurante Naiah. Na cozinha, ambos começam o preparo da planta para criar um prato exclusivo: o espaguete de vitória-régia. Após a retirada dos espinhos e a devida higienização, os talos fibrosos são cortados num mandolim para criar tiras longas. Um refogado de cogumelos, cebolinha, cenoura, temperos e o caule da vitória-régia compõe o apetitoso e disputado prato do Naiah. Ainda dá para nossa louca das plantas experimentar uma maionese vegana com pedacinhos do exótico cabinho da planta amazônica.
Para fechar com chave de ouro a série “Matos Gourmet”, Harri Lorenzi e Carol Costa fazem uma polinização nas flores da vitória-régia. A tarefa não é simples: é preciso aguardar que a flor se abra, o que só ocorre à noite. Dentro do lago, munido de lanterna e um pincel, Harri explica que as flores abrem pela primeira vez como femininas e, na noite seguintes, se não polinizadas, se tornam masculinas. Como na região do Jardim Botânico Plantarum não existe o besouro específico que faz a polinização da planta, o Harri usa um pincel para remover o pólen de uma flor e colocar em outra. Assim, o ciclo se fecha e teremos semente garantida para o próximo plantio. Torcemos também para que venha uma nova “safra” de capítulos do Mato Gourmet e muito mais vídeos sobre as espécies do Jardim Botânico Plantarum.
Figurino:
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Instituto Plantarum – http://www.plantarum.org.br/
Naiah Restaurante – http://www.restaurantenaiah.com.br/
Livros:
Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil – https://tinyurl.com/y3mc9unz
PANC Gourmet – Ensaios Culinários – https://tinyurl.com/yxejqu2q